Rubem Alves foi, antes de tudo, um amante da vida e das perguntas sem resposta. Embora muitos o conheçam como escritor, sua verdadeira missão ia muito além das palavras. Rubem foi um educador apaixonado, um pensador sensível e um provocador de almas adormecidas.
Um educador diferente
Para Rubem, educar não era repetir fórmulas, decorar datas ou classificar estudantes. Era encantar, libertar e provocar espantos. Ele acreditava que a escola precisava ser um lugar de sonhos, não de obediência cega. E dizia com frequência:
“A educação que não é libertadora, transforma o oprimido em opressor.”
Sua visão de educação era profundamente humana. Ele via o professor como um jardineiro de curiosidades, alguém que planta dúvidas e colhe descobertas.
Um filósofo da vida
Rubem Alves não gostava de rótulos. Se fosse para se definir, preferia ser chamado de “plantador de perguntas” do que de teólogo ou psicanalista. Ele buscava sentido nas pequenas coisas: no sabor de um café, no voo de um pássaro, no sorriso de uma criança.
Para ele, viver era mais arte do que ciência. Não era preciso entender tudo. Era preciso sentir mais, julgar menos e amar com mais leveza.
Um teólogo da liberdade
Embora tenha sido teólogo, Rubem fugia da rigidez dos dogmas. Ele via Deus na beleza, no mistério e no silêncio. Preferia uma espiritualidade do afeto e da poesia a uma religião de regras e punições. Para ele, o sagrado estava nos encontros verdadeiros, na escuta atenta e nas palavras ditas com o coração.
Um legado vivo
Rubem Alves nos ensinou que viver bem não é acumular respostas, mas abraçar os mistérios da vida com delicadeza. Ele nos lembrou que ser adulto não é perder a infância, mas aprender a carregá-la com sabedoria.